A deputada estadual Dani Alonso (PL) e o deputado federal Capitão Augusto (PL) desembarcaram nesta terça-feira (9) em Israel para uma missão oficial a convite do país localizado no Oriente Médio e que passa por uma crise diplomática com o governo brasileiro.
Com retorno previsto para o dia 16 de setembro, viajam membros da Frente Parlamentar em Defesa da União Brasil e Israel e do governo paulista. O objetivo é estreitar relações entre a Assembleia Legislativa de São Paulo e o estado judeu, bem como promover uma maior compreensão da realidade geopolítica local.
Desde outubro de 2023, Israel está em guerra contra o Hamas, que injustamente promoveu um ataque bárbaro ao seu território, provocando assassinatos e fazendo reféns – alguns deles desaparecidos até hoje. Recentemente, Israel passou a se distanciar do governo brasileiro após uma série de acenos do presidente Lula (PT) ao grupo terrorista.
“Somos os únicos representantes das regiões centro-oeste, oeste e noroeste do Estado a fazer parte da comitiva que busca recompor os laços diplomáticos entre os dois países, ao contrário do que vem fazendo o governo federal”, se posicionou o vice-líder do PL na Câmara dos Deputados, Capitão Augusto.
Para a deputada estadual, a viagem também tem caráter diplomático, cultural, religioso e estratégico. “Teremos uma agenda intensa de reuniões com lideranças militares e civis, encontros com familiares de israelenses sequestrados pelo Hamas, vítimas que foram liberadas, entre outros compromissos institucionais”, detalhou Dani Alonso.
Uma das primeiras reuniões do grupo foi com uma brasileira chamada Rafaela, que sobreviveu ao ataque terrorista, a quase dois anos, mas teve o namorado assassinato na ocasião. “Nós visitamos o local, em que acontecia um festival de música quando aconteceu o massacre inédito contra civis israelenses. Ainda cheira a sangue”, descreveu a deputada.
Na missão, os parlamentares representam a população das regiões de Marília, Bauru, Assis, Ourinhos, Presidente Prudente, Araçatuba e Botucatu. “Em todo esse território, somos os únicos representantes políticos de direita e manter relações internacionais faz parte de nossos deveres enquanto representantes do povo”, completaram ambos.
Todas as despesas da missão oficial são custeadas por Israel, que no dia 26 de agosto rebaixou as relações com o Brasil, após o governo Lula se recusar a indicar em Brasília um novo embaixador israelense.
Além de dialogar diretamente com autoridades de Israel, para mostrar que existem alas no Brasil que ainda apoiam firmemente o país contra o grupo terrorista Hamas – principalmente ligadas à direita - a missão também busca reforçar laços econômicos, de cooperação tecnológica e em outras áreas estratégicas.